29 fevereiro 2012

~>Doce sonho, expectativa e realidade...

Sou tão doce.
Ou poderia ter feito sua vida ser assim.
Sou um poço de coisas belas,
Aquela que lhe traria a melhor aventura.
Faria ser tudo mais belo, sua vida brilhar.
Beijaria-lhe como se não houvesse amanhã.
Escutaria teus anseios, teus medos sem pressa.
Seria tua amiga, tua irmã.
Seria tua amante mais ardente,
A namorada mais dedicada. Seu porto seguro.
Enxugaria suas lagrimas quando necessário
Faria todo esforço do mundo para lhe fazer sorrir.
Encararia qualquer coisa ao seu lado,
Quaisquer dificuldades que surgissem em nosso caminho.
Gritaria com sua vitória,
Pegar-te-ia quando houvesse queda.
Seria o abraço mais terno,
Teu calor no mais frio inverno.
Seria amor e seria paixão.
Poderia não durar eternamente,
Mas o ápice de felicidade permaneceria em sua mente para sempre.
Sendo sua por apenas um segundo, um minuto, um dia que fosse,
Eu faria cada momento valer a pena por ter me cedido tua vida e coração.
Seria tudo isso e tão mais.
Mas tal é a vida que nos ensina:
Que ela não é divida entre o que queremos ou não.
Mas entre expectativas e realidades.
Você não está na minha realidade, mas mora em meus doces sonhos
E lá és tão feliz ao meu lado.

09 fevereiro 2012

->Tutorial de como não fazer um churrasco. (Mas que pode vir a calhar)

Pedimos a colaboração dos leitores em não perguntar à autora sobre a veracidade dos fatos. Devido a ameaças de vida, ela não pode responder tais perguntas. Agradecemos a colaboração.

E foi mais ou menos assim...
 
Um sol de cozinhar os miolos e um calor aparentando ser uma amostra grátis do que seria o inferno (apesar de eu acreditar cegamente que o inferno é aqui, enfim...). Semana estressante. Trabalho, muito trabalho, dor de cabeça? Até demais. A promessa era um churrasco ao fim de semana. Bom demais. Churrasco, piscina, chácara, rede e tranqüilidade. O que mais poderíamos querer?

Como não consegui folga no fim de semana para ir com o resto do pessoal na sexta, tive que ir sábado depois do trabalho. Peguei minhas “tralhas” absurdamente rápido e nem um minuto depois do programado eu já estava no ônibus rumo ao paraíso. Eis que começa a aventura...

Foi combinado de irem me buscar na estrada até porque esse lugar maravilhoso, pelo qual amo demais, fica absurdos quatro km para “dentro do mato” e não tenho nem em minha imaginação mais fértil condicionamento físico para isso.

Descendo no ponto de ônibus notei Lindomar Orlando, O Tio (usaremos pseudônimos nessa história para preservar a imagem e a dignidade das “vitimas”) já me esperando com uma cara de extrema preocupação. Estava ao celular. Aproximei-me e ele apontou para eu entrar no carro. Joguei minhas coisas lá dentro e fiquei prestando a atenção na ligação:

-Porque vocês não vêm tomar um café aqui com a gente? Vou fazer um churrasco... É... Então apareçam... O que? Ah, vim buscar a Barbara na estrada, por isso estou ligando, sabem que lá não pega celular. Ah, ok! Vou esperá-los. Tchau.

Desligou. Olhou para mim sério e impassível.

-A Fabiana não vem.

-:Como assim? –perguntei

-É... Ela não vem. Eu estava ligando para outro pessoal para ver se eles vinham, mas não acredito que isso aconteça.

Na minha cabeça eu sabia a resposta de tudo isso. Chamar as pessoas com antecedência é o melhor negócio. Mas, enfim, como a chácara é dele, ele bem faz o que achar melhor.

-Quem vai fazer o churrasco? – questionei.

Ele arfou, deu uma baforada do seu cigarro e desconversou. Eu não disse mais nada.

-Lá vem o Hal – apontou  Lindomar.
Hal Jordan, O Sobrinho, vinha em passos lentos com sua camisa de “Vingador” e óculos de sol parecendo um matador. Eu quis rir, sério mesmo, mas não o fiz. A situação estava ficando meio tensa. Mentira! Eu ri sim, não perderia a oportunidade, mas não deixei ele ver. Mentira! Acho que ele viu sim... Enfim...

-Pronto tio, comprei o pão! – ele disse arfando, suando em bicas.

-Ótimo! Então vamos embora!

 Entramos no Titio Móvel , atualizando as fofocas, no rádio boa música como sempre, mas dentro do meu coração algo gritava que alguma coisa ia rolar ali de estranho. Meu coração? Meu estômago? Vai saber!

Chegamos lá, cumprimentei a titia e a pedidos sérios do meu amado tio de eu enfiar um biquíni logo, devido a sua aflição de me ver num calor tão grande cheia de roupas pretas, saio em disparada para me trocar. Voltando vi que a “coisa” tava ficando séria.

E assim seguem-se os fatos:

L.Orlando vai em direção a churrasqueira. Joga carvão. Joga Álcool. Toca fogo. O fogo sobe, ele abana. O fogo acaba. Mais álcool, mais fogo. O fogo sobe. Ele abana. O fogo apaga.

-É por isso que eu não gosto de fazer churrasco! Eu não entendo como eles conseguem acender isso. - esbravejou ele pegando outro cigarro.

-Você não sabe acender uma churrasqueira? – indaguei sentando-me à mesa.

Hal olhou para mim balançando a cabeça negativamente. Meu Deus! O que seria de nós? O que seria do nosso “papa”? Não disse nada, pois a situação era tão tristinha que eu não queria piorar.

Pobre do meu tio. Colocou mais álcool, que por sinal já estava acabando, o fogo sobe até o alto, mas começa a baixar. Hal tomou as dores do tio e correu para ajudá-lo. Colocaram tanto carvão que ele também já estava acabando junto com a minha esperança de um churrasquinho...

Sai para tomar uma água, relaxar e quando voltei pensa numa coisa “tensa”? Vi Hal enrolando jornal e jogando na churrasqueira junto com vários pedaços de papelão. Sério, fiz uma retrospectiva mental rápida de todos os churrascos que fui na vida e não me lembrava dessa parte.

Caos! Eles correm jogando cada vez mais coisas lá dentro. Hal quase se queima diversas vezes. Os dois pretos devido à fumaceira que está invadindo o recinto. E pior, com óculos de sol para não queimar a vista!!! Tem como não achar a situação um tanto... Estranha?

E chegamos à pior parte? Não! Num ato de desespero vejo meu tio passando correndo e jogando o que meus caros leitores? Querosene! Dou um grito. O fogo se alastra. E a maldita churrasqueira não pega DE JEITO NENHUM! Uma fumaça preta começa a subir e Lindomar não satisfeito, com uma expressão homicida joga Removedor!

A situação não poderia estar pior. Aquele cheiro de removedor se alastra rapidamente e não vejo a possibilidade de assar alguma coisa ali. Mas como para eles já não era nem fome e sim orgulho a batalha não havia terminado.

Viro as costas. Meu Deus!

-Agora sim! –ouvi os dois festejando.

Olho e vejo dois ramos de alecrim queimando junto com aquela “macumbaiada” toda. Alecrim? Isso mesmo!

-Para que Alecrim? – suspirei totalmente descrente.

-Ora! – exclamou L.Orlando como se isso fosse a coisa mais óbvia do mundo - para tirar o cheiro do removedor.

HAHAHAHA Só rindo mesmo. Sério, na minha mente não havia mais a remota chance de alguma carne ser assada em tal situação. Mas agora não sei, se foi Deus, se apiedando, se foi a churrasqueira mesmo, desistindo da guerra... Só sei que ”puf” a churrasqueira finalmente pega. Olhamos todos surpresos um para o outro. Claro, aqueles dois coitadinhos acabados depois da guerra só faltaram chorar. L.Orlando logo correu e botou para assar tudo.

Dizem que a fome é o melhor tempero. Olha, de verdade não sei se concordo ou discordo. Mas sei que o “negócinho” ficou bom viu? Depois os caseiros foram lá e comeram com a gente e elogiaram a beça. Ninguém contou nada sobre como foi feito o tal churrasco. Mas enquanto eles lambiam os beiços eu rezava para as palavras: removedor, jornal, querosene e papelão não passarem pela cabeça deles. Fomos salvos pelo Alecrim.

26 janeiro 2012

~>Bonecos no modo automático.

E lá estou, visitando as redes sociais da vida (terrível vicio que pretendo livrar-me), vendo fotos de amigos que viajaram no feriado. Em um determinado momento esbarrei no perfil de uma amiga que faz um determinado tempo que não converso e acabei perdendo o contato. Detalhe, ela nem mora assim tão longe. Enfim, resolvi ver suas fotos para ver como anda a vida e tal, e a resposta me veio tão rápida no primeiro álbum que visitei.
O álbum se chamava “Canil”. Pausa dramática. Mais um pouco de dramatismo. Virei para um caro amigo mais tarde e perguntei quem em plena sã consciência coloca o nome do seu álbum de Canil? Ele me responde que é o nome de uma balada numa cidade próxima. Até ai tudo bem, mas nenhuma mulher que se preze coloca o nome de um álbum de fotos de ”Canil”.
Ninguém.

Avaliando o resto das fotos dela, constatei que o termo pelo qual me assustei, era muito fofo e meigo. E vocês leitores inteligentes devem bem supor por que. A cada foto um “ohh” diferente. Em um leque de baladas diferentes e em poses de dança tão estranhas e tão sexualmente explicitas, eu boquiaberta já não era nada. E pior, a cada visualização ia reconhecendo junto com ela amigas que cresceram junto comigo.  Porém depois da sessão, percebi um padrão bem óbvio pelo qual não me encaixo:
1-      Cabelos lisos (escorridos) até a cintura;
2-      Vestidos micro curtos e mais-calças com desenho “sexy”(?);
3-      Todas com um copo de bebida na mão.
4-      Saltos altíssimos vermelhos, rosa, verde e etc;
5-      Siliconadas, com pernas gigantes e bundas idem de muita academia.

Elas ao fim se tornaram uns clones que não entendi ainda. E os rapazes também! Todos musculosos, com tatuagens de um circo de horrores, mostrando suas línguas. Todos com cara de:”Vim pegar todas hoje!”.  E elas: “Vim ser pega hoje!”. E não vou comentar o estilo musical. Não vou!
Todos se tornaram bonecos no modo automático. Todos agindo da mesma maneira. E achando que a vida é isso: baladas e “pegação”.
Quando olho para mim vejo assim: a garota que gosta de usar all-star e calça jeans.  Uso o que acha bonito e fashion, não o curto. Gosto de roupinhas retrôs, floral e tiaras no cabelo. Cafona? Não sei! Mas acho essas coisas tão mais femininas...
Se comentar que passei a noite do feriado assistindo um seriado, mudam de assunto. Quando perguntam a mim o que eu mais gosto de fazer e respondo que é ir ao cinema, fazem cara de tédio. Para não dizer que fui a uma balada, fui uma vez. E foi bom sim, eu curtindo no meu canto.
E faço academia, duas vezes por semana para não ficar enferrujada.
Gosto de ler.  Gosto de escrever. E quando converso com alguém desse “Canil” e eles chegam com um: “Eu quero que ele sejE...”, desconverso e saio andando. Gente que esquentou cadeira na escola.

Será que sou cafona? Ainda não entendi a modernidade?
Olha, de verdade, não entendi essa juventude atual, mas para mim, diversão tem opções muito mais distintas que Tequila e bagunça. Não existe mais dançar juntinho, ou aquela coisa de cortejar a moça.
Quem me dera...
Para eles, apenas sou uma boneca ultrapassada.

20 janeiro 2012

-> Quando amor e ódio escrevem a mesma linha.

E lá estava eu, com o queixo apoiado na mão olhando aquela cena. Ele agarrado com aquela loira sem sal nem açúcar, a beijando sem parar e eu me perguntava se ainda havia ar dentro deles. Na verdade, desejava no mais profundo dos meus planos malignos que ela caísse para trás morta por insuficiência respiratória. Ficaria eu rindo por longas horas vendo aquele blush rosa não esconder a palidez de quem acabara de bater as botas, partir desta para a melhor. Ou pior. Na verdade eu criei dentro da minha cabeça uma frase constante: “Tomara que ela vá para o inferno, tomara que ela vá para o inferno”. Mas eu sei que nem o Dono das Terras do Fogo eterno, do suplicio sem fim, iria querer aquela inútil.

O que me deixava mais indignada era o fato de ele ter aceitado ela. Ver aquela coisa cheia de doce entre os dois, revirando meu estômago e me fazendo passar ao mal ao ponto de suspeitar um inicio de diabetes.  E pior. Querendo gritar para todas as criancinhas passando pelo parque que colocassem uma vendinha em seus olhos inocentes, pois o fato ocorrendo ali era a mais profunda sacanagem imunda.  Quer dizer, não era ainda, mas meus instintos anunciavam o fato totalmente presumível.

Gritem: Invejosa! Eu respondo: Não!
Infelizmente apaixonada. Lembro-me quando o vi pela primeira vez. Mas gostaria de poder esquecer aquele momento. Na realidade não são um pequeno motivo por ter me interessado por ele, mas toda vez que ele passava por mim eu era definitivamente a coisa mais boba dos arredores. Sim, eu estava com ódio daquela menina. Mas não, não vou pintar meu cabelo de loiro para impressioná-lo.  Não vou empinar-me quando o ver, porque isso é humilhante demais...

Mas eu faria qualquer outra coisa, porque amar nos coloca na ânsia de querer o outro. Quando o vejo com aquela garota eu juro que poderia esquartejá-la em mil pedaços facilmente.  Não existe aquele papo de ver o outro feliz.

Quando amor e ódio escrevem a mesma linha, ficam vários sentimentos misturados em uma só sintonia. As pessoas vivem assim a cada instante, eu amaria se ele estivesse ao meu lado, mas odeio o fato de estar tão longe. Quando a auto-estima cai, determino que não sou tão boa assim para ele.  Quando sobe, digo que não é nada comparado a mim. Às vezes até penso que é confortável não estar amarrada com seu burro em um relacionamento, mas tolo é o ser humano, que por tantas vezes sabe que amar nos desencadeia a mares estranhos e tortuosos, mas insistimos em bater a cabeça errando e sofrendo por vezes. E quem nunca morreu de ciúmes alguma vez? E quem nunca insistiu na pessoa errada? Um padrão que acontece continuadamente, num circulo vicioso do universo, em que amor nem sempre é tão colorido assim. Eu sei de cada motivo por fechar os olhos, mas prefiro continuar com minha mão apoiando o queixo, incitando minha mente a pensar em maneiras cada vez mais criativas de esganar os dois pombinhos apaixonados.

Nota: Autora avisa que está muito bem em seu relacionamento, que escreve varias situações sem ao menos estar vivendo-as. Mas o dia em que ele a fizer sofrer, vai fazer questão de matá-lo com as unhas! Rsrsrs.
Nota²: não, ela não é uma serial-killer. Ela gosta de brincar.
Nota³: não, não aconselho que a provoque.

E é isso ai galera! Voltei ao blog!