26 janeiro 2012

~>Bonecos no modo automático.

E lá estou, visitando as redes sociais da vida (terrível vicio que pretendo livrar-me), vendo fotos de amigos que viajaram no feriado. Em um determinado momento esbarrei no perfil de uma amiga que faz um determinado tempo que não converso e acabei perdendo o contato. Detalhe, ela nem mora assim tão longe. Enfim, resolvi ver suas fotos para ver como anda a vida e tal, e a resposta me veio tão rápida no primeiro álbum que visitei.
O álbum se chamava “Canil”. Pausa dramática. Mais um pouco de dramatismo. Virei para um caro amigo mais tarde e perguntei quem em plena sã consciência coloca o nome do seu álbum de Canil? Ele me responde que é o nome de uma balada numa cidade próxima. Até ai tudo bem, mas nenhuma mulher que se preze coloca o nome de um álbum de fotos de ”Canil”.
Ninguém.

Avaliando o resto das fotos dela, constatei que o termo pelo qual me assustei, era muito fofo e meigo. E vocês leitores inteligentes devem bem supor por que. A cada foto um “ohh” diferente. Em um leque de baladas diferentes e em poses de dança tão estranhas e tão sexualmente explicitas, eu boquiaberta já não era nada. E pior, a cada visualização ia reconhecendo junto com ela amigas que cresceram junto comigo.  Porém depois da sessão, percebi um padrão bem óbvio pelo qual não me encaixo:
1-      Cabelos lisos (escorridos) até a cintura;
2-      Vestidos micro curtos e mais-calças com desenho “sexy”(?);
3-      Todas com um copo de bebida na mão.
4-      Saltos altíssimos vermelhos, rosa, verde e etc;
5-      Siliconadas, com pernas gigantes e bundas idem de muita academia.

Elas ao fim se tornaram uns clones que não entendi ainda. E os rapazes também! Todos musculosos, com tatuagens de um circo de horrores, mostrando suas línguas. Todos com cara de:”Vim pegar todas hoje!”.  E elas: “Vim ser pega hoje!”. E não vou comentar o estilo musical. Não vou!
Todos se tornaram bonecos no modo automático. Todos agindo da mesma maneira. E achando que a vida é isso: baladas e “pegação”.
Quando olho para mim vejo assim: a garota que gosta de usar all-star e calça jeans.  Uso o que acha bonito e fashion, não o curto. Gosto de roupinhas retrôs, floral e tiaras no cabelo. Cafona? Não sei! Mas acho essas coisas tão mais femininas...
Se comentar que passei a noite do feriado assistindo um seriado, mudam de assunto. Quando perguntam a mim o que eu mais gosto de fazer e respondo que é ir ao cinema, fazem cara de tédio. Para não dizer que fui a uma balada, fui uma vez. E foi bom sim, eu curtindo no meu canto.
E faço academia, duas vezes por semana para não ficar enferrujada.
Gosto de ler.  Gosto de escrever. E quando converso com alguém desse “Canil” e eles chegam com um: “Eu quero que ele sejE...”, desconverso e saio andando. Gente que esquentou cadeira na escola.

Será que sou cafona? Ainda não entendi a modernidade?
Olha, de verdade, não entendi essa juventude atual, mas para mim, diversão tem opções muito mais distintas que Tequila e bagunça. Não existe mais dançar juntinho, ou aquela coisa de cortejar a moça.
Quem me dera...
Para eles, apenas sou uma boneca ultrapassada.

20 janeiro 2012

-> Quando amor e ódio escrevem a mesma linha.

E lá estava eu, com o queixo apoiado na mão olhando aquela cena. Ele agarrado com aquela loira sem sal nem açúcar, a beijando sem parar e eu me perguntava se ainda havia ar dentro deles. Na verdade, desejava no mais profundo dos meus planos malignos que ela caísse para trás morta por insuficiência respiratória. Ficaria eu rindo por longas horas vendo aquele blush rosa não esconder a palidez de quem acabara de bater as botas, partir desta para a melhor. Ou pior. Na verdade eu criei dentro da minha cabeça uma frase constante: “Tomara que ela vá para o inferno, tomara que ela vá para o inferno”. Mas eu sei que nem o Dono das Terras do Fogo eterno, do suplicio sem fim, iria querer aquela inútil.

O que me deixava mais indignada era o fato de ele ter aceitado ela. Ver aquela coisa cheia de doce entre os dois, revirando meu estômago e me fazendo passar ao mal ao ponto de suspeitar um inicio de diabetes.  E pior. Querendo gritar para todas as criancinhas passando pelo parque que colocassem uma vendinha em seus olhos inocentes, pois o fato ocorrendo ali era a mais profunda sacanagem imunda.  Quer dizer, não era ainda, mas meus instintos anunciavam o fato totalmente presumível.

Gritem: Invejosa! Eu respondo: Não!
Infelizmente apaixonada. Lembro-me quando o vi pela primeira vez. Mas gostaria de poder esquecer aquele momento. Na realidade não são um pequeno motivo por ter me interessado por ele, mas toda vez que ele passava por mim eu era definitivamente a coisa mais boba dos arredores. Sim, eu estava com ódio daquela menina. Mas não, não vou pintar meu cabelo de loiro para impressioná-lo.  Não vou empinar-me quando o ver, porque isso é humilhante demais...

Mas eu faria qualquer outra coisa, porque amar nos coloca na ânsia de querer o outro. Quando o vejo com aquela garota eu juro que poderia esquartejá-la em mil pedaços facilmente.  Não existe aquele papo de ver o outro feliz.

Quando amor e ódio escrevem a mesma linha, ficam vários sentimentos misturados em uma só sintonia. As pessoas vivem assim a cada instante, eu amaria se ele estivesse ao meu lado, mas odeio o fato de estar tão longe. Quando a auto-estima cai, determino que não sou tão boa assim para ele.  Quando sobe, digo que não é nada comparado a mim. Às vezes até penso que é confortável não estar amarrada com seu burro em um relacionamento, mas tolo é o ser humano, que por tantas vezes sabe que amar nos desencadeia a mares estranhos e tortuosos, mas insistimos em bater a cabeça errando e sofrendo por vezes. E quem nunca morreu de ciúmes alguma vez? E quem nunca insistiu na pessoa errada? Um padrão que acontece continuadamente, num circulo vicioso do universo, em que amor nem sempre é tão colorido assim. Eu sei de cada motivo por fechar os olhos, mas prefiro continuar com minha mão apoiando o queixo, incitando minha mente a pensar em maneiras cada vez mais criativas de esganar os dois pombinhos apaixonados.

Nota: Autora avisa que está muito bem em seu relacionamento, que escreve varias situações sem ao menos estar vivendo-as. Mas o dia em que ele a fizer sofrer, vai fazer questão de matá-lo com as unhas! Rsrsrs.
Nota²: não, ela não é uma serial-killer. Ela gosta de brincar.
Nota³: não, não aconselho que a provoque.

E é isso ai galera! Voltei ao blog!